O cristão, o trânsito e o exercício prático do domínio própria no mundo moderno

A questão da mobilidade urbana é um dos pontos nevrálgicos das grandes cidades que mais estressam e irritam seus moradores. Pauta imprescindível nos grandes debates sociais e políticos da atualidade, a problemática do trânsito também pode afetar a saúde emocional das pessoas, com reflexos negativos na vida espiritual de muitos cristãos.

Pois é. Até o trânsito está aí para provar a nossa fé.

A palavra de Deus é pródiga em recomendações sobre o controle da ira, estabelecendo o domínio próprio como fruto do espírito que precisa ser alimentado no relacionamento com Deus em oração e no conhecimento de sua palavra. De nada adiantam exercícios terapêuticos, yoga ou o que o valha para aprender a controlar a ira e raiva. Nenhum dos conselhos do Mestre Shifu (do desenho Kung Fu Panda) farão do cristão um Po domesticado, capaz de suportar todo tipo de intempérie emocional no trânsito como um zen-budista do templo incrustado no monte mais alto do longínquo Himalaia.



O que é homem precisa é de Deus, até mesmo no trânsito. Para que muitas tragédias sejam evitadas e possamos suportar todas as contrariedades de nosso cotidiano urbano como um verdadeiro cristão. Isso inclui não apenas dominar a raiva ou a ira nos momentos de estresse. Mas também observar nossas atitudes em relação ao próximo e às normas que regulamentam o trânsito na rua.

Assim, evitamos ou minimizamos situações limite que nos expõem ao risco de perder o controle. Se cada um não fizesse aos outros aquilo que não gostaria de receber, ou retribuísse a gentileza recebida, o trânsito fluiria muito melhor. Mas, infelizmente, ainda vigora a lei do mais esperto, do mais forte e o que não falta é o tal jeitinho brasileiro por avenidas e vielas nas cidades. Enfim, se preciso for, ore antes de tomar o volante para não fazer como o Sr Walker no desenho do Pateta (abaixo) que se transforma num monstro ao entrar em seu veículo.



 Para encerrar, mensagens do livro de Provérbios "Quem facilmente se ira fará doidices; mas o homem discreto é paciente", 14:17 . "Quem é tardio em irar-se é grande em entendimento; mas o que é de ânimo precipitado exalta a loucura", 14:29. "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira", 15:1. E finalmente, uma solene recomendação do apóstolo Paulo: “Rogo-vos, como prisioneiro do Senhor, que andeis de modo digno da vocação com que fostes chamados, com toda humildade e mansidão, suportando-vos uns aos outros em amor”, Ef 4.1-2.