Mansidão, domínio próprio e a arte de "engolir sapos"


Deixar de "engolir sapo" é a receita do mundo para emagrecer, ficar bonito e ganhar autoestima. 

Pelo menos essa foi a sugestão apresentada num programa televisivo que tenta ensinar os brasileiros a viver com bem-estar. 

Esse tal "engolir sapo" é metáfora para ser pacífico, compassivo, prudente e obediente. 

Deixar de engolir sapo, então, seria correspondente a responder a tudo "na lata", com reação proporcional à ação inicial. 

Dar vazão à ira, não guardar nada, mas reagir sempre. 

O programa até tentou respaldo de psicólogo para essa estratégia contra a compulsão alimentar. 

Mas não há argumento científico convincente para questões de comportamento àqueles que tem a Bíblia como manual de vida.

Pois vamos aos fatos. 

O cristão não deveria precisar de psicólogo para exercitar o domínio próprio. 

Esse é um dos frutos do Espírito de Gálatas 5:22-23. 

Para evitar a compulsão alimentar, basta entender que ele não pode se tornar escravo de nenhuma coisa criada, mesmo as que são lícitas. 

E muito menos sair gritando com todo mundo que pisa no seu pé. A verbalização de sentimentos extremos não encontra amparo bíblico. 

O cristão é manso porque entregou seus direitos a Deus, de quem espera a justiça em todas as coisas. 

"O insensato revela de imediato o seu aborrecimento, mas o homem prudente ignora o insulto". (Provérbios 12:16)

Da mesma forma, o cristão responde o mal com o bem, seguindo os passos do nosso Senhor. "A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira". (Provérbios 15:1). 

O homem refém de seus humores é visto como um tolo na Bíblia. "A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas". (Provérbios 19:11) 

O cristão alcança isso alimentando-se da força espiritual que lhe permite suportar todas as coisas, com ânimo divino que lhe renova em todas as horas. 

"Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou". (Colossenses 3:13). 

O exemplo de Cristo é a maior força contra todas as injustiças deste mundo.

Os psicólogos de botequim também tendem a colocar na ansiedade a culpa para alguns tipos de desvios alimentares. 

A Bíblia também tem remédio para isso, sem que seja necessário liberar o "grito raivoso" como terapia libertadora. 

Ao cristão basta amar, obedecer a palavra, ter comunhão com Deus pela oração em todas as horas e ter uma fé viva. 

Se lhe falta sabedoria, peça a Deus que a todos dá liberalmente. "O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor". (1 Coríntios 13:4-5)

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